A trajetoria da luta pelo poder no pentecostalismo o caso da Igreja de Cristo no Brasil ressalta tres realidades principais localizadas no ambito do exercicio do poder religioso a hegemonia a resistencia e a transição O exercicio hegemonico do poder e aqui concebido como um processo multilinear de dominações por meio das quais o saber sagrado e apropriado monopolisticamente produto intencional da ação conjugada de fatores unindo o impacto psicologico provocado pela postura de lideres carismaticos sobre religiosos dominados o comportamento religioso tradicional e a aparelhagem burocratica A resistencia eclesiastica não e propriamente resistencia ao poder em si mas as formas por meio das quais ele e exercido O seu proposito não e a eliminação do poder institucional mas alteração de sua estrutura e a substituição dos seus protagonistas As transições do poder religioso ou de qualquer outra natureza revelam a debilidade estrutural do exercicio hegemonico do poder expressando sua incapacidade de extinguir a totalidade das diferenças e impor de forma plena uma unidade ideologica Os processos de transição não podem ser pensados fora do contexto de correlação de forças entre interesses antagonicos e das crises institucionais em consequencia da disputa pela gestão monopolistica do saber sagrado e dos interesses de determinados grupos sociais dentro do espaço religioso